segunda-feira, 26 de julho de 2010

Frase para pensar na Fila...

"Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse viver para sempre" [Gandhi]

Enquanto você assiste a confusão a respeito do valor da passagem de ônibus em Manaus vá pensando nesta célebre frase de Gandhi,
Ao ler o edital do novo Concurso da SEMED, para Professores e Pedagogos, grande foi a minha surpresa com o valor dos vencimentos. R$ 929,90 por 20h de trabalho.
Pensava eu que a confusão na Prefeitura era apenas fato momentâneo ou quem sabe de alguns setores e que tal desorganização e trapalhada não chegariam à SEMED.
E de repente após a celeuma em relação a supressão da carga horária de História e Geografia do Amazonas no município, meio na calada da noite muda-se o secretário. Por que? coisas do destino... Já que em muitos aspectos a atual gestão é no mínimo nebulosa.
Lembremos que até pouco tempo atrás nossos colegas da SEMED possuíam remuneração um pouco maior do que a do Estado (que na atualidade paga por 20h pouco mais de R$ 1.000,00). Era grande a expectativa pela realização do concurso público para preenchimento do déficit de educadores (e que verdade seja diga não é privilégio apenas de Manaus).
A Pergunta que fica no ar é: um salário assim é atraente?
Alguns economistas logo se apressarão à defender que o vencimento dos professores tem pouco impacto no resultado final da aprendizagem dos alunos. Alguns falarão inclusive o que alguns calhordas pensam baixinho: Professor já ganha muito bem já que nossa educação vai muito mal.
Então para esses (não só os economistas mas há também quem pense desta maneira) menos de dois salários mínimos é mais do que o suficiente.
Outros, também economistas argumentarão que o salário dos professores tem sim impacto (e sejamos francos não é o único muito menos o mais importante) no processo final da aprendizagem dos nossos alunos. Um exemplo claro pode ser a recente divulgação das notas do ENEM. O Estado investe em média por ano R$ 1.400 reais por aluno enquanto a mensalidade, eu disse a mensalidade da escola melhor colocada no Estado custa R$ 1.000 reais.
Então como poderiamos resolver tal querela?
Podemos realizar o seguinte exercício mental: Comparar o salário proposto no edital da SEMED com os valores dos vencimentos dos Professores, com igual carga horária no setor privado. Certamente poucas escolas pagam no setor privado o mesmo valor. Poderiamos também comparar o salário proposto pelo concurso aos professores e pedagogos com outros postos do serviço público com igual nível de escolaridade. Aí meus amigos até você teria pena da diferença. Ou ao final comparariamos o salário proposto com o professor escolhendo outra função no mercado de trabalho. Mesmo assim quem com nível superior ganha menos de dois salários mínimos?
Comparemos os vencimentos propostos para os professores e os outros cargos de nível superior. Leve vantagem a estes últimos.
Então o que podemos concluir desse longo raciocínio a respeito dos vencimentos propostos pelo atual concurso da SEMED?
É mais um descaso com a Educação dos nossos filhos, mais uma humilhação aos nossos colegas educadores e principalmente a continuidade da mesma política (que política?) de Estado da atual gestão.
Alguns colegas mais céticos dizem que a atual gestão da prefeitura é tal qual um pato: Nada, anda, corre mas no final não faz nada direito.
Então qual a saída no fim do túnel (ou da fila para você estudante que vai colocar créditos na sua carteirinha?) aprendamos com o mestre da Paz: "Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse viver para sempre" [Gandhi]

Um comentário:

  1. ehh Tenner, me dava vontade de dizer "Então morra Amazonino, morra!" mas essa frase do Gandhi é bem mais agressiva e por isso mesmo grandiosa: "Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse viver para sempre" [Gandhi]

    (Sunnny)

    ResponderExcluir