340 da cidade de Manaus.
O dia 24 de outubro é comemorado como o "aniversário da cidade de Manaus". Uma curiosidade está por trás desta celebração: A mistura de duas datas diferentes.
Os 340 anos da cidade corresponde a fundação do núcleo que dá origem ao que depois se transformará na cidade de Manaus. A fundação da fortaleza de São José do Rio Negro em 1669, segundo o historiador Francisco Jorge dos Santos, há 18 km do encontro das águas, sob um cemitério de índios.
O dia 24 de outubro está relacionado ao ato administrativo da Assembléia da Província do Pará em 1848 que eleva a então "Vila de Manáos" a categoria de cidade sob o nome de "Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro".
Podemos de maneira aleatória dividir estes 340 anos em três períodos distintos:
De 1669 a 1791 - O povoado surge a partir da fortaleza que servia apenas de entreposto comercial e de cativeiro para os índios descidos do médio e baixo Amazonas para depois serem transferidos como escravos para a cidade de Belém. Importante salientar que em 1791 o então governador da Capitania do Rio Negro eleva o povoado a categoria de Vila sob o nome de Vila da Barra, para ser a sede da capitania (antes situada em Barcelos.) fato que foi revisto pelo governo paraense que rebaixou a então Vila da Barra para o status de Lugar em 1798.
De 1833 a 1890: Durante o século XIX observa-se uma constante mudança no status da cidade que em 1833 transforma-se novamente em vila sob o nome de Vila de Manáos. Posteriormente em 1848 mais precisamente em 24 de outubro a então Vila da Barra é elevada a categoria de cidade sob o nome de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro.
É a partir de 1890, segundo historiadores como Ednéia Mascarenhas, Francisca Deusa e Otoni Mesquita, que se cristaliza a imagem de uma cidade próspera, moderna e urbanizada a partir dos investimentos dos capitais oriundos do chamado Ciclo da Borracha que se convertem em mudanças radicais no plano arquitetônico: A Belle Epoque.
É um período onde a cidade vive a chamada "Ilusão do Fausto".
Os 340 anos da cidade corresponde a fundação do núcleo que dá origem ao que depois se transformará na cidade de Manaus. A fundação da fortaleza de São José do Rio Negro em 1669, segundo o historiador Francisco Jorge dos Santos, há 18 km do encontro das águas, sob um cemitério de índios.
O dia 24 de outubro está relacionado ao ato administrativo da Assembléia da Província do Pará em 1848 que eleva a então "Vila de Manáos" a categoria de cidade sob o nome de "Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro".
Podemos de maneira aleatória dividir estes 340 anos em três períodos distintos:
De 1669 a 1791 - O povoado surge a partir da fortaleza que servia apenas de entreposto comercial e de cativeiro para os índios descidos do médio e baixo Amazonas para depois serem transferidos como escravos para a cidade de Belém. Importante salientar que em 1791 o então governador da Capitania do Rio Negro eleva o povoado a categoria de Vila sob o nome de Vila da Barra, para ser a sede da capitania (antes situada em Barcelos.) fato que foi revisto pelo governo paraense que rebaixou a então Vila da Barra para o status de Lugar em 1798.
De 1833 a 1890: Durante o século XIX observa-se uma constante mudança no status da cidade que em 1833 transforma-se novamente em vila sob o nome de Vila de Manáos. Posteriormente em 1848 mais precisamente em 24 de outubro a então Vila da Barra é elevada a categoria de cidade sob o nome de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro.
É a partir de 1890, segundo historiadores como Ednéia Mascarenhas, Francisca Deusa e Otoni Mesquita, que se cristaliza a imagem de uma cidade próspera, moderna e urbanizada a partir dos investimentos dos capitais oriundos do chamado Ciclo da Borracha que se convertem em mudanças radicais no plano arquitetônico: A Belle Epoque.
É um período onde a cidade vive a chamada "Ilusão do Fausto".
A Belle Epoque nos trópicos converteu-se numa tentativa de trazer a tona uma urbanização e modernização da cidade de Manaus para servir aos interesses dos prósperos investimentos da borracha.
Segundo Bessa Freire, sepulta-se a imagem de uma cidade de índios e mestiços e passa-se a adotar adjetivos como "A Paris dos Trópicos".
O apogeu dura basicamente entre 1890 até 1920.
O terceiro período vai de 1967 até os nossos dias, onde a implantação da Zona Franca de Manaus por parte dos Militares fez com que a cidade aumentasse significativamente de tamanho e importância no cenário nacional, transformando-se em uma das mais importantes capitais do país e acima de tudo com problemas urbanos crônicos das grandes metrópoles.
Qual a imagem que se tem deste grande colosso do Norte? da "Cidade Estado" ou de "Paris dos Trópicos"? Talvez toda a pompa em torno de tais termos estejam ligados a tentativa de domínio da memória social e da legitimação de uma versão mais pomposa do nosso passado.
O historiador inglês Eric Hobsbawm sobre tal circunstância afirma: O passado oferece um pano de fundo glorioso a um presente que não se tem nada a comemorar.
Segundo Bessa Freire, sepulta-se a imagem de uma cidade de índios e mestiços e passa-se a adotar adjetivos como "A Paris dos Trópicos".
O apogeu dura basicamente entre 1890 até 1920.
O terceiro período vai de 1967 até os nossos dias, onde a implantação da Zona Franca de Manaus por parte dos Militares fez com que a cidade aumentasse significativamente de tamanho e importância no cenário nacional, transformando-se em uma das mais importantes capitais do país e acima de tudo com problemas urbanos crônicos das grandes metrópoles.
Qual a imagem que se tem deste grande colosso do Norte? da "Cidade Estado" ou de "Paris dos Trópicos"? Talvez toda a pompa em torno de tais termos estejam ligados a tentativa de domínio da memória social e da legitimação de uma versão mais pomposa do nosso passado.
O historiador inglês Eric Hobsbawm sobre tal circunstância afirma: O passado oferece um pano de fundo glorioso a um presente que não se tem nada a comemorar.
