sexta-feira, 10 de junho de 2011

Palocci, o PT e a Dilma: Capim na palheta 2 a revanche.

A mídia noticiou nestes últimos dias dioturnamente a questão envolvendo o aumento magistral do patrimônio do agora ex-ministro. A oposição como diz o jargão popular "caiu em cima" principalmente pelo papel de destaque na articulação do governo que Palocci desempenhava. A queda de Palocci, portanto, tomou ares de crise interna, do PT e do governo Dilma.

Palocci, que já havia caído no primeiro governo Lula, dando início a uma crise sem precedentes que quase poe água no chopp do governo petista, caiu novamente sob forte pressão da oposição. Claro está que aumentar o patrimônio vinte vezes em poucos anos é algo surreal para qualquer cidadão obreiro, porém não para os colegas de colarinho branco que pediram a cabeça do ex-ministro. Aos olhos da lei e dos princípios contábeis Palocci não fez nada de errado (não estou defendo o petista, apenas caindo nas armadilhas jurídicas do princípio presunção da idoneidade do cidadão). Sua empresa não tinha contratos com o setor público e ele declarou toda sua renda, recolhendo os respectivos impostos.

A queda, na verdade a solicitação de afastamento se deu pelo desgaste que esta peça importante do governo Dilma sofreu nestes últimos tempos. Foi escolhida para seu lugar inclusive uma Ministra com um perfil diferenciado (mais próximo de um quadro técnico do que de articulação política como antes ocorria). Podemos esperar uma crise terrível que abalará o governo Dilma?

Decerto a crise que tanto sonham os setores de oposição ao governo não virá. Ficou evidente que o PT abriu mão dos anéis para não perder os dedos. E vou além a base aliada deu forte sinal de unidade no momento de crise. Enterrou de vez a vontade de "surfar na crise" que a oposição demonstrou. Qual a alegação? Com a renúncia, Palocci não possui mais cargo público, logo perde o sentido o desejo de instaurar uma CPI.

No final das contas os setores populares, progressistas que fazem parte do governo (não nos esqueçamos que o governo Dilma não é de esquerda e muito menos de caráter socialista) respiram a esperança de trazer o governo para a construção de uma agenda que atenda os anseios dos movimentos populares que apoiaram Dilma maciçamente em todas as regiões do país. As reformas precisam acontecer, porém os gargalos sociais que afligem nosso país continuam existindo.

Então de uma crise pode surgir algo novo? Nem sempre o novo é positivo, ou bom. Mas os movimentos sociais, a sociedade civil organizada e você cidadão político esclarecido tem o compromisso de acreditar na mudança e apostar suas fichas em uma alternativa de construção de um programa nacional de desenvolvimento para o Brasil. Muitos palocci's virão ainda, são os falsos profetas de que tanto falam o apocalipse. Será? Acredito no governo Dilma e principalmente nos movimentos sociais, para cobrar, fiscalizar e principalmente estar no tabuleiro político de Brasília a despeito dos nosso representantes e dos interesses particulares presentes nas confabulações políticas da atualidade.

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